Primeira mulher brasileira a se tornar santa, Irmã Dulce será canonizada em outubro

O Vaticano anunciou que a canonização de Irmã Dulce, também conhecida como ‘O Anjo bom da Bahia’, será em 13 de outubro. A religiosa, que morreu em 13 de março de 1992, aos 77 anos, será a primeira mulher nascida no Brasil a se tornar santa.
O papa Francisco presidiu, nesta segunda-feira (1), na Sala Clementina, no Vaticano, o Consistório Ordinário Público para a canonização de cinco Beatos, entre os quais Irmã Dulce Lopes Pontes.

Além de Irmã Dulce, serão canonizados John Henry Newman, cardeal, fundador do Oratório de São Filipe Néri na Inglaterra; Giuseppina Vannini (no século Giuditta Adelaide Agata), fundadora das Filhas de São Camilo;  Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família; e Margherita Bays, Virgem, da Ordem Terceira de São Francisco de Assis.

Agraciado conta como voltou a enxergar

O baiano Maurício Moreira, de 50 anos, um dos agraciados por um milagre de Irmã Dulce, reconhecido pelo Vaticano, detalhou nesta segunda-feira (1) como voltou a enxergar depois de passar 14 anos sem a visão.
Durante uma coletiva de imprensa, nesta manhã, a Arquidiocese de Salvador e as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) apresentaram o homem que recebeu a graça de Irmã Dulce.
Ao portal G1, Maurício Moreira relatou que começou a perder a visão em 1999 e, um ano depois, já estava cego. “Em 2014, eu tive uma conjuntivite e um derrame no olho. Sentia muita dor e não conseguia dormir. Eu peguei a imagem de Irmã Dulce, encostei no olho e pedi com muita fé que ela ajudasse a acabar com aquela dor. Eu não pedi pra voltar a enxergar. Só queria dormir sem dor. Após a oração eu bocejei e dormi. Quando acordei, minha esposa tinha colocado umas compressas no meu olho e quando eu fui tirando eu vi os vultos da minha mão”, disse.
O maestro e a família sempre admiraram Irmã Dulce. Ele disse que, desde a morte da sua mãe, em 2012, cuida, com muito carinho, de uma imagem da beata.
Outro milagre atribuído à religiosa brasileira, segundo representantes das Osid, é o que envolveu uma mulher que chegou a ser desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia pós-parto, que durou mais de 18 horas, em 2001, no interior da Bahia. A agraciada e a criança permanecem com a identidade sob sigilo, por recomendação do Vaticano.
Além desses milagres reconhecidos, mais de 10 mil outros relatos feitos por fiéis do mundo inteiro são armazenados pelas Osid. Há depoimentos de cura de câncer, superação de vício em drogas, conquista de emprego, solução de dívidas e problemas familiares e sobrevivência a acidentes graves.
O Vaticano tem quatro exigências quanto à veracidade da graça, até ser considerada milagre: ser preternatural (a ciência não consegue explicar), instantâneo (acontecer imediatamente após a oração), duradouro e perfeito.

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